Pesquisa conduzida por universidade japonesa revela que a relação entre humanos e animais domésticos produz ocitocina – também conhecida como o hormônio do amor
A expressão já causou muita polêmica, mas a ciência tem uma resposta: sim, mãe de pet também é mãe.
Claro que o vínculo de amor, cuidado e proteção que as tutoras criam com seus animais de estimação é indiscutível e não pode – nem deve – ser julgado.
Contudo, o endosso da ciência contribui para o reconhecimento dessa conexão: um estudo realizado pela Universidade de Azabu, no Japão, liderado pelo médico veterinário Takefumi Kikusui e publicado na revista Science em 2015, comprovou que a ligação emocional entre humanos e animais domésticos pode ser comparada ao amor de materno.
Em uma das fases da pesquisa, os cientistas agruparam 30 animais acompanhados de seus tutores em um quarto, por 30 minutos, sem a imposição de regras específicas: todos estavam livres para trocar olhares, fazer carinho ou brincar. Os pesquisadores identificaram então que, quanto mais profundas as interações, maior era a quantidade de ocitocina encontrada na urina dos participantes.
A ocitocina é um hormônio liberado pelo cérebro que, além de promover bem-estar e facilitar a convivência social, tem um papel fundamental na maternidade: induz as contrações do útero na hora do parto e estimula a produção de leite para a amamentação.
“Humanos criam laços emocionais quando olham nos olhos uns dos outros – um processo mediado pelo hormônio ocitocina. Nagasawa et al. mostra que esse vínculo mediado pelo olhar também existe entre nós e nossos companheiros animais mais próximos, os cães (veja a Perspectiva de MacLean e Hare). Eles descobriram que o olhar mútuo aumentou os níveis de ocitocina, e a inalação de ocitocina aumentou o olhar em cães, um efeito que foi transferido para seus tutores”, afirma um trecho da publicação.
E os gatos não ficam para trás, não: um estudo realizado na Universidade de Minnesota, nos Estados Unidos, demonstrou que a chance de pessoas que têm gato sofrerem um infarto do miocárdio é 33% menor do que as que não têm.
Essas descobertas não só ratificam o vínculo afetivo entre humanos e animais, como também legitimam a importância de ter um bicho de estimação, incentivando a adoção e diminuindo o abandono.
Que neste Dia das Mães, todas que nutrem esse amor por seus filhos, independentemente da espécie, possam aproveitar o seu dia com menos julgamento e mais acolhimento. 💛