Saudável, cheio de energia, ótimo nadador e doador de sangue. Assim era o Pudim, labrador de nove anos que, no início deste mês, morreu em decorrência de uma falência hepática após ingerir uma planta venenosa de um canteiro perto de sua casa durante um passeio cotidiano.
Plantas bem populares e muito comuns nas áreas urbanas, como azaleia, comigo-ninguém-pode, antúrio, espada-de-São-Jorge, jiboia e lírio-da-paz, são nocivas à saúde dos cães. A espécie ingerida por Pudim – a Cyca revoluta, também conhecida como sagu-de-jardim – é extremamente tóxica, inclusive, para os humanos.
Segundo informações do portal O Tempo, “em algumas cidades, como Rio de Janeiro e Uberaba, no Triângulo Mineiro, o plantio da Cyca é proibido por lei. Na capital paulista, a proibição ao cultivo de espécies tóxicas em áreas públicas existiu entre 2003 e 2022, quando foi revogada”.
Sim, o ideal seria que, ao menos, houvesse um aviso nesses locais, alertando para a toxicidade dessas plantas. Na ausência dessas resoluções, nós, tutores, podemos adotar algumas medidas para proteger os animais de estimação.
Informação é tudo
Procure saber quais plantas compõem a vegetação da sua rua ou dos espaços públicos onde costuma passear com o seu cão, como praças e parques, e compartilhe o alerta com outros tutores.
Não pode
Opte por passeios em lugares sem muitas plantas ou vegetação fechada. Assim, é possível identificar rapidamente o que o cão está farejando, mastigando, tentando arrancar ou comer – ou comendo.
Na hora
Se o cachorro tiver contato ou ingerir uma planta desconhecida ou sabidamente tóxica, leve-o imediatamente ao veterinário de sua confiança – se possível, com um pedacinho da espécie com a qual ele interagiu.
Por fim, lembra quando a gente era criança, arrancava uma plantinha de algum lugar e saia dela um látex branco? E, aí, logo aparecia um adulto e alertava para largar aquilo e lavar as mãos? Então, é que a liberação desse líquido, que parece até uma cola, é um indicativo de que a espécie é tóxica.
Você também pode consultar o Projeto Petmosfera: desenvolvido por um grupo de alunos e professores da FMVZ-USP, ajuda os tutores a ampliar o conhecimento sobre plantas e alimentos tóxicos para cães e gatos.
Informe-se e cuidado nos passeios, combinado? 🌿